Está escuro, tudo escuro. Ela não vê nada, apenas sente.Permanece deitada e ouve um silencio cortante que paira no ar..um silencio que lhe entra na alma e isso faz-lhe engolir em seco, como se medo ela tivesse.
Naquele instante, as lágrimas caem-lhe, rolam-lhe pela sua suave face acabando o seu percurso na almofada que a conforta. São essas lágrimas absorvidas por aquela almofada e,fica a ideia de que elas nunca existiram, desaparecem num ápice sem nunca ninguem as ter visto, apenas ela as sentiu.
Desse modo, ela tenta esquecer o porquê daquele desabafo. Fecha os olhos e diz um "até amanhã", dirigido a alguem que ela sabe que está concentrado a pensar nela naquele instante pertencente à noite.Contundo, nao consegue ficar por ali, a necessidade de deitar todas as lágrimas ca para fora faz com que ela ceda a essa vontade e fica ali, por tempo indeterminado, até se esgotar.
Ali, começa o chamamento por um sono que tarda em chegar... Em breve amanhecerá, e o dia será diferente. Assim o espera, porque ela está a aprender a amar.


rakel**