Não foi da boca para fora!

Foi por esse belo sorriso que venho aqui falar, tudo que sonho, tudo que digo, tudo que penso.
Penso em como poderia ser feliz, em como a distância me assusta, penso que um dia poderá ser verdade, um dia irei acreditar no impossível. Encurtar aquilo que nos separe e ligarmo-nos por uma ponte a que alguns chamam de “amor”, uma ponte que encurtará os caminhos, tornando-os muito mais curtos e simples.
Olhei para o céu, nesta noite, não te vi lá, não vi o teu sorriso, não vi a tua cara a dizer, eu estou aqui. Fico triste, mas não por não te ver, mas por saber que tu também olhaste e não me viste, por também teres feito a mesma pergunta e eu não ter estado lá.
Disseste-me que um dia me sentiste distante, um dia, eu estava diferente contigo. O que posso dizer é que, estava magoado por não saber o que fazer.
Disse-te que gostava de aproximar as coisas, gostava de poder cometer uma loucura, disse que poderia existir algo nunca pensado.
Lembro, aquele dia em que estavas mal, eu falei contigo, e tu despejaste tudo que tinhas, desabafaste comigo, gosto disso, gosto de sentir essa confiança. Alguém te tinha deixado, alguém te tinha magoado, eu apenas estava a ajudar a sarar as feridas, quando me surpreendeste com a simples resposta de quem sabe um dia, eu e tu, se torne num nós.
Minto se disser que não pensei, minto se disser que não imaginei que aquilo pudesse ser verdade. Provavelmente por isso que as coisas são como são e tenho dito as coisas que disse, rebusquei as palavras mais magicas para te encontrar, procurei as palavras mais serias para te sensibilizar e consegui, mas agora, tenho medo.
Nunca falei por falar, nunca disse nada sem pensar, sem sentir, sem sequer saber o que estava a dizer, disse sempre com convicção, com clareza e certeza, disse do modo mais simples.
Tu entendeste e eu entendi, ambos estamos esperando aquela oportunidade, que nos foge por entre os dedos, ambos esperamos o sol nascer para que naquele dia, consiga sorrir porque estive e aconteceu aquilo que tanto sonhamos.